Centrais realizam ato na FIESP e avisam: trabalhadores não pagarão o pato!

Na manhã de quinta-feira (22/9), em frente ao luxuoso prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), as centrais sindicais: Nova Central, CUT, CTB, CGTB, Força Sindical e CSP-Conlutas realizaram protesto e apresentaram a pauta de reivindicações em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. A manifestação fez parte do “Dia Nacional de Mobilizações” conta as reformas trabalhistas e previdenciárias anunciadas pelo governo de Michel temer (PMDB).

Os sindicalistas defendem que ao invés de retirar direitos consagrados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o presidente Temer deveria adotar medidas de estímulos à economia, como a redução da taxa de juros; redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salários; retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana; destravamento do setor de construção; incentivos às políticas de fortalecimento do mercado interno, dentre outras iniciativas.

O diretor Nacional de Comunicação da Nova Central, Nailton Francisco de Souza (Nailton Porreta), alertou que o recuo do presidente Temer e seu ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo Nogueira de adiar as reformas impopulares para 2017, pode ser uma estratégia para tirar seu governo do foco e apostar em sua maioria parlamentar, para aprovar em regime de urgências os Projetos de Leis sobre temas trabalhistas que já tramitam no Congresso Nacional.

“Não podemos baixar a guarda de forma alguma. Eles só voltaram atrás devido a mega manifestação feita em Brasília nos dias (12 e 13/9), pelos servidores públicos federais, estaduais e municipais contra o PLP 257/2016 e a PEC 241, que desmontam e precarizam os serviços e as condições de trabalho destes profissionais. E mais, eles apostavam na divisão das centrais sindicais só que aconteceu o inverso, estamos bem mais unidos e dispostos a construir uma greve geral no país”, avisou Nailton Porreta.

Para o presidente Estadual da Nova central – SP, Luiz Gonçalves (Luizinho) deve-se travar uma batalha contra os juros, única saída para vencer a crise econômica. Disse que o ajuste fiscal se faz com redução de juros e não tirando direitos. “Essa estratégia de política econômica ortodoxa adotada pelos nossos economistas insistindo em tentar reduzir a inflação antes de diminuir os juros, só agrava a situação. Se alguém deve pagar pela crise econômica, esse alguém não deve ser os trabalhadores (as) e, sim, os donos das grandes fortunas do país”.

Gonçalves enfatizou que o Congresso Nacional e o Governo Federal tentam, na realidade, uma contrarreforma trabalhista, com o único intuito de ampliar as formas de superexploração do trabalho no Brasil. “A mentalidade é que se o empregado trabalhar mais e em piores condições, todos os problemas financeiros do país se resolveriam num passe de mágica. Não concordamos com esta tese, o que eles querem mesmo é que nós paguemos o pato”.

Fonte: NCST

 

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