As Centrais Sindicais se reuniram nesta sexta (23), na sede do Dieese, em São Paulo, e divulgaram Nota Conjunta em que conclamam parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria.
A Agência Sindical cobriu a reunião e repercute a Nota e declarações de sindicalistas.
O texto enfatiza que as Centrais têm acompanhado os desdobramentos da crise econômica, política e social, bem como a tentativa de retirada dos direitos dos trabalhadores, através das reformas trabalhista e da Previdência.
O texto também exalta a ação unitária, que tem resultado em grandes mobilizações em todo o País, como nos dias 8 de março, 15 de março, na Greve Geral em 28 de abril e no Ocupa Brasília dia 24 de maio. Como resultado do amplo movimento, conseguiu-se frear a tramitação da Reforma da Previdência e tivemos uma primeira vitória na reforma trabalhista, com a reprovação na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
Mas, destaca a Nota, ainda não enterramos essas reformas, e por esse motivo, continuamos em luta.
Nesse contexto, as Centrais reunidas nesta sexta (23) conclamaram as entidades de trabalhadores a construir o dia 30 de junho de 2017 e o seguinte calendário de luta:
Dia 27: audiência dos presidentes das Centrais Sindicais no Senado; 27 a 29: ações nos aeroportos, nas bases dos senadores e no Senado; dia 30: parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria.
OUTRAS – No dia da votação da reforma trabalhista no Senado, mobilização em Brasília.
Para as Centrais, a unidade de ação é crucial na luta, sobretudo em momentos conturbados como o atual.
Assinam a Nota CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB, CSB, Intersindical, CSP-Conlutas e CGTB.
A Agência falou com alguns dirigentes, que reafirmaram a expectativa de um protesto forte dia 30. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), disse que as Centrais seguem na “para influenciar o que será decidido no Congresso Nacional”. “Vamos mobilizar para que os trabalhadores paralisem suas atividades e pressionar o Senado, não vamos dar espaço para aprovação das reformas”, afirma.
Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical, destaca que o clima de unidade e luta prevalece entre as Centrais. “Vamos ampliar a mobilização e o diálogo com a população. Dia 30 vamos parar o brasil contra as reformas”, frisa.
O diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, destaca que o cronograma das Centrais está voltado para a pressão no Senado, visando influir no processo de votação. “Esperamos obter no plenário uma votação contrária à aprovação da reforma trabalhista”, comenta.
Mais informações: sites das Centrais
Fonte: Agência Sindical