Durante todo o ano passado foram registradas em todo o país 1.566 greves, uma queda de 26% em relação a 2016, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados nesta terça-feira (18). Trabalhadores da esfera pública fizeram 814 paralisações e os do setor privado 746.
Nos três níveis administrativos do funcionalismo
público, foram contabilizadas 58 mil horas paradas.
Os servidores municipais responderam por 62% do
total dessas horas paradas. No setor privado, foram
33 mil horas paradas. As greves ocorridas no setor
de serviços corresponderam a 76% dessas
mobilizações.
Em 2017, 54% das greves encerraram-se no mesmo dia
em que foram deflagradas. As greves que se alongaram
por mais de 10 dias representaram 16%. A maioria das
greves (81%) teve como motivação itens de caráter
defensivo na pauta de reivindicações, sendo que mais
da metade (56%) reclamava de descumprimento de
direitos.
A exigência de regularização de vencimentos em
atraso (salários, férias, décimo terceiro salário ou
vale salarial) esteve na pauta de 44% das greves e
foi a principal reivindicação em 2017. A
reivindicação por reajuste de salários e pisos vem a
seguir, presente em 32% das paralisações.
Sobre o desfecho das paralisações, a pesquisa do
Dieese apontou que 570 greves (36% do total) tiveram
índice de 78% de êxito no atendimento às
reivindicações.
Fonte: Agência Brasil